40% dos adolescentes perdem os dentes . Veja as principais causas

Quase 40% dos adolescentes brasileiros entre 15 e 25 anos já perderam ao menos um dente e, em 93% dos casos, a perda foi provocada por uma cárie
A cárie é uma destruição dos tecidos dentais provocada pela ação das bactérias acumuladas em placas, formadas depois de uma escovação inadequada e pela ingestão de sacarose.
A ação bacteriana provoca a alteração do pH da boca e a perda de minerais dos tecidos dentais (esmalte e dentina). Conforme a perda de minerais aumenta, há mais riscos da cárie chegar até a polpa dos dentes (região dos nervos e vasos sanguíneos). É isso que causa a dor.
As doenças bucais mais frequentes na adolescência são cárie e doenças periodontais, no entanto, existem outros problemas de saúde bucal que geram preocupações, dentre eles, têm-se as perdas dentárias

Danos causados pelo excesso de bebidas alcoólicas  e narguilé são as principais causas  da perdas ósseas entre os adolescentes !

 

O narguilé e a causa danos nos dentes

Como o narguilé contém as mesmas 4,7 mil substâncias do cigarro convencional, os usuários têm risco aumentado de lesões bucais. Entre elas o câncer de boca e a perda dos dentes. Por isso, não fazer o uso do narguilé é recomendado para evitar doenças bucais.
Além do cigarro, narguilé e qualquer outro tipo de fumo, é importante ficar atento a outros fatores de risco que aumentam a predisposição ao câncer oral. São eles histórico familiar, idade superior a 50 anos e consumo excessivo de álcool. Se você se enquadra nesse perfil, deve redobrar os cuidados com a saúde.

Dentes fracos e sensíveis

Muita gente acredita que aquele happy hour da sexta-feira, emendado com o sábado à noite e regado a muita bebida não faz mal para os dentes. Mas a realidade não é bem assim.
A maior parte das bebidas alcoólicas têm alto grau de acidez, o que pode dissolver a camada de cálcio que funciona como proteção para os dentes. Com isso, além de deixar os dentes mais fracos, os nervos podem ficar expostos, causando sensibilidade e dor.
O vinho seco é bem ácido e pode causar muitos danos. Os espumantes também podem prejudicar os dentes, devido às bolhas de dióxido de carbono.

Depois de ingerido o narguilé e as bebidas alcoólicas  vem a Periodontite que causa as perdas dos dentes entre adolescentes . Entenda  o que é

Periodontite
A doença periodontal é uma infecção bacteriana crônica que atinge as gengivas e os ossos que sustentam os dentes.
À medida que ela avança, destrói o tecido e o osso da gengiva e, com isso, os dentes ficam soltos. Normalmente, a doença da gengiva é indolor, portanto, difícil de diagnosticar. Os sintomas iniciais do problema incluem inchaço, vermelhidão, sangramento na gengiva e desconforto durante a escovação.

Excesso de açúcar
A perda de dentes também pode ocorrer por causa da alta ingestão de açúcar, o que favorece a cárie dentária e o enfraquecimento do revestimento de esmalte na região. Certos alimentos ácidos, como picles e frutas cítricas, também podem causar erosão dos dentes.

Substâncias químicas
O uso de certas drogas, como cocaína ou metanfetamina, pode desencadear a liberação de ácidos no corpo, o que pode afetar a saúde da boca e causar a perda de dentes. Alguns medicamentos usados no controle da pressão arterial também levam à queda dentária.

Doenças e acidentes
Alguns tratamentos, como quimioterapia, radioterapia e medicamentos imunossupressores, enfraquecem o sistema imunológico. Com isso, são capazes de aumentar o risco de infecções dentárias e, consequentemente, a necessidade de extração.
Além disso, condições sistêmicas, como doenças cardíacas e respiratórias, diabetes, infecção por HIV, desnutrição e imunossupressão, estão associadas a formas de periodontite que frequentemente resultam em perda dentária.
A perda do dente também pode ser causada por lesões, devido a quedas acidentais ou durante a prática de esportes.

Dificuldade de acesso a tratamentos
Algumas pessoas têm que adiar ou renunciar a consultas e procedimentos odontológicos, incluindo limpezas regulares, devido aos altos custos da assistência odontológica. Entretanto, prolongar ou eliminar o atendimento aumenta as chances de o paciente desenvolver problemas sérios e, por conta disso, ter gastos maiores com reparos. Felizmente, hoje já é possível contar com planos odontológicos mais acessíveis.
No caso de ocorrerem perdas dentárias, instauram-se inúmeros outros problemas, envolvendo a saúde oral, tais como: dificuldade para mastigar e falar, mudanças no comportamento, insatisfação com a aparência e prejuízo na aceitação social, afetando, portanto, as atividades diárias do indivíduo. Nesse contexto, a reabilitação protética do paciente torna-se fundamental, possibilitando a recuperação da autoestima, a reintegração ao meio social e uma melhor qualidade de vida
O dentista, ao longo do seu contato do adolescente, tem como maior desafio criar vínculo com seu paciente. “Uma vez estabelecido o vínculo, o adolescente passará a ter mais confiança no profissional e questões como drogas e bebidas podem vir ‘naturalmente’ à tona. Outras vezes, mesmo o adolescente não declarando verbalmente o uso de drogas e comportamentos de risco, mudanças comportamentais bruscas podem ser perceptíveis ao longo do atendimento/acompanhamento”, afirma Mariana.
Nesses casos, há a questão de como abordar o assunto com os pais. “Nos meus anos de experiência trabalhando com adolescentes, a melhor estratégia tem sido dividir essa reponsabilidade com o próprio adolescente, estimulando-o a conversar com os pais. Assim, o dentista não sai como o vilão ou dedo-duro e também não fica omisso a um problema identificado”.

 
BRASIL TEM 11% DOS DENTISTAS DO MUNDO, MAS 24 MI DE PACIENTES NÃO VÃO A CONSULTÓRIO
O Brasil é o país que mais tem dentistas no mundo, mas, de forma contraditória, ainda esbanja uma população que, na maioria, não frequenta o dentista regularmente e ainda não desenvolveu a cultura preventiva. Apesar dos 250 mil dentistas na ativa (cerca de 11% dos profissionais do globo), o país ainda tem uma população de 24 milhões que nunca pisou em um consultório odontológico. Apenas 15% dos brasileiros cuidam da saúde bucal regularmente. A expressiva maioria dos profissionais, cerca de 70%, atende em consultórios particulares ou por planos de saúde. Os convênios cobrem 10% da população.
Muitas pessoas sofrem de fobia, ansiedade ou medo de ir ao dentista e não procuram tratamento dentário, mesmo que saibam que têm um problema ou estão com dor. Outras ficam envergonhadas ou constrangidas de procurar ajuda, porque sentem que serão julgadas negativamente pela condição de seus dentes. No entanto, é preciso vencer o receio: ignorar a cárie dentária ou outros problemas odontológicos graves pode prolongar e agravar a condição.

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