Nome sujo: Como evitar ter o CPF sujo
Com a taxa de desemprego e a baixa do Score de crédito elevado e atingindo quase 15 milhões brasileiros, praticamente metade dos consumidores passaram pela situação de ficar com o ‘‘nome sujo’’.
Conforme uma pesquisa realizada pelo (SPC) Serasa, cerca de 62,56 milhões de brasileiros estão endividados. Dentro desse número, cerca de 30 milhões são superendividados, que são aqueles que não conseguem pagar suas obrigações financeiras.
Dentro dessa pesquisa mostra que, 48% dos consumidores brasileiros tiveram o CPF negativado em razão de dívidas em atraso.
Com essa pesquisa, 78% dos brasileiros até conseguem terminar o mês com todas as contas quitadas, mas em 33% dos casos acaba não havendo sobras no orçamento. Já 22% dos entrevistados não conseguem administrar seus gastos e acabam deixando de pagar as contas.
Por outro lado, 39% afirmaram controlar mais os gastos após a situação e 34% afirmam refletir mais antes de realizar compras. Outros 21% deixaram de emprestar nomes a terceiros e 18% passaram a evitar compras no cartão de crédito.
O número de brasileiros, endividados, com contas em atraso e registrados nos cadastros de devedores segue estável, porém alto.
Segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) a estimativa é que o Brasil tenha aproximadamente 59,9 milhões de brasileiros com alguma conta em atraso e com o CPF restrito para contratar crédito ou fazer compras parceladas.
O número representa 39,5% da população com idade entre 18 e 95 anos.
A recuperação econômica destes cidadãos pode ser impulsionada pela Lei do Superendividamento, sancionada em 1º de julho, que também tem como finalidade o resgate do poder de compra dos consumidores e a busca pelo uso do crédito de forma mais consciente.
Faixa etária com maior quantidade de negativados é entre 30 e 39 anos
Um levantamento do Serasa feito em gosto de 2021 apontou que os brasileiros entre 31 a 50 anos são os que mais que estão buscando negociação pelo “Serasa Limpa Nome”.
A estimativa por faixa etária revela que é entre os 30 e 39 anos que se observa a maior frequência de negativados e endividados
Sudeste é a região que concentra a maior quantidade de inadimplente
O Sudeste é a região onde mais se concentra a quantidade de consumidores com contas em atraso.
Conheça abaixo os dados da negativização por região:
Sudeste
24,24 milhões de devedores
36,87% da população adulta
Nordeste
16,85 milhões de devedores
41,99% da população adulta
Sul
8,30 milhões de devedores
36,95% da população adulta
Norte
5,42 milhões de devedores
45,79% da população adulta
Centro-Oeste
5,08 milhões de devedores
43,72% da população adulta
Como acabar com as dívidas
Antes da pandemia o número de inadimplentes já era alto. De acordo com o especialista em finanças Fernando Almeida, “Com a inflação alta, desemprego e queda na renda das pessoas, a quantidade de endividados só vem aumentado”.
Algo que é comum no Brasil é o fato de que a maioria dos brasileiros não sabem administrar o dinheiro, onde ele adquirem contas sem saber se vão ou não conseguir quitar.
Para que situações como essas não aconteça, é importante saber administrar os gastos, guardar uma parte dos ganhos, ou até mesmo quando possível, fazer uma reserva financeira.
Por isso separamos 5 dicas para começar a administrar corretamente o dinheiro e limpar o nome:
– Anote todos os gastos mensais;
– Evite o uso do cartão de crédito com limite alto demais;
– Priorize o pagamento de financiamentos ou parcelas de empréstimos;
– Não espere feirões de limpa nome, você mesmo pode consultar suas dívidas e procurar negociar;
– Veja como estar sua vida financeira e calcule o quanto de dinheiro pode ser direcionado ao pagamento das dívidas.
Lei do Superendividamento
Com o objetivo de ajudar aqueles que estão com pendência financeira, a Lei 14.181/2021, popularmente chamada de Lei do Superendividamento, foi sancionada no dia 1º de julho.
Entre as novas regras, agora os consumidores têm o direito de negociar suas dívidas com todos os credores ao mesmo tempo, com a garantia de mínimo existencial para despesas básicas.
Para Ione Amorim, economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a aprovação foi positiva. “Ela proporcionará aos consumidores, além da recuperação financeira, o resgate do seu poder de compra e dignidade, interrompendo o ciclo de cobranças constrangedoras e obtendo maior consciência sobre uso do crédito e educação financeira”..
A transparência sobre os riscos da contratação de crédito agora é obrigatória. Segundo a economista do Idec, os bancos estão proibidos de ocultar os riscos para o consumidor e deve ser claros durante todo o processo. “Também precisam informar o custo efetivo total do crédito contratado. Todos os juros, tarifas, taxas e encargos sobre atraso, por exemplo, devem ser comunicados de forma adequada”.
A lei ficou em tramitação no Congresso Nacional por quase 10 anos. “Houve forte pressão dos bancos para que a proposta não avançasse.
O texto sofreu várias alterações nos últimos anos, chegando para sanção presidencial com vetos a pontos significativos que ainda beneficiam as instituições financeiras.
O presidente Jair Bolsonaro rejeitou o item que proibia expressa ou implicitamente que ofertas de crédito, publicitárias ou não, fizessem referência a termos como ‘sem juros’ ou ‘com taxa zero’.
Foi vetado também o dispositivo que estabelecia que, nos contratos de crédito consignado, a soma das parcelas reservadas para o pagamento das dívidas não podia ser superior a 30% da remuneração mensal do consumidor.
Controle dos gastos
A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, explica que pensar nos gastos com antecedência ajuda o consumidor a não ser surpreendido no fim do mês pela falta de recursos. “O consumidor que conhece sua relação de receitas e despesas está menos propenso a se endividar com empréstimos ou a recorrer ao limite do cheque especial para cobrir rombos no orçamento”.
Além disso, “Ele está mais preparado tanto para traçar planos de longo prazo, como para agir em uma situação de imprevisto, como um gasto inesperado de alto valor ou a perda do emprego”, afirma.
A pesquisa mostra também que 48% dos consumidores afirmam não controlar o orçamento, seja porque confiam apenas na memória para anotar as despesas (25%), não fazem nenhum registro dos ganhos e gastos (20%) ou porque delegam a função para terceiros (2%).
Mesmo entre aqueles que realizam um controle efetivo de suas finanças (52%), a frequência com que anotam e analisam suas despesas fica a desejar.
A pesquisa também mostra que o controle dos gastos extras e não essenciais como lazer, compras de roupas e alimentação fora de casa acaba ficando em segundo plano, sendo anotados por apenas 57% dos entrevistados.
Falta de renda e de disciplina
A pesquisa mostra ainda que a dificuldade para manter as finanças em ordem não é uma exclusividade dos que não controlam o orçamento.
Mesmo entre aqueles que adotam algum método de controle, 61% relatam dificuldades, principalmente, por terem uma renda variável (21%), falta de disciplina para anotar gastos com regularidade (20%) e falta de tempo (7%). Já 38% afirmam desempenhar a tarefa sem dificuldades.
O velho caderno de anotações segue como a ferramenta mais utilizada pelos entrevistados para registrar sua movimentação financeira, citado por 36% dos entrevistados.
Já a planilha no computador é o método utilizado por 9% das pessoas ouvidas, enquanto 7% registram as receitas e despesas em aplicativos de smartphones.
A pesquisa ouviu 813 consumidores acima de 18 anos de todas as classes sociais nas
Como podemos ver, grande parte da população brasileira, principalmente de baixa ou média renda, possui algum tipo de dívida, por isso todos devem atentar-se aos gastos e procurar aprender mais sobre educação financeira.
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