MetaVerso, o que é essa nova tecnologia que está cada vez mais presente?
O que é ?
MetaVerso é uma nova camada de realidade que combina os mundos real e virtual.
Na prática, trata-se de um ambiente virtual imersivo construído por meio de diversas tecnologias, como realidade virtual, realidade aumentada e hologramas.
Na gramática, a palavra metaverso pode ser dividida em dois tipos, entre os quais:
• Objetivo: significa ir além
• Verso: Do Universo
Nesse sentido, o metaverso pode ser interpretado como um mundo virtual 3D que pode se referir ao mundo real.
Para visualizar o conceito, considere o filme Matrix, dirigido por Lily e Lana Wachowski. No filme, as pessoas vivem em uma realidade virtual projetada por uma IA assassina que usa seus corpos para gerar energia. O metaverso está mais ou menos lá, mas não há máquinas do mal, pelo menos por enquanto.
A ideia representa a possibilidade de acessar uma realidade paralela, em alguns casos ficcional, na qual se pode ter uma experiência imersiva.
Tecnicamente, o metaverso não é algo real, mas busca passar uma sensação de realidade, e possui toda uma estrutura no mundo real para isso.
As pessoas poderiam interagir umas com as outras, trabalhar, estudar e ter uma vida social por meio de seus avatares (bonecos virtuais customizados) 3D. Ou seja, o objetivo é que pessoas não sejam apenas observadores do virtual, mas façam parte dele.
Como surgiu
Luli Radfahrer, professor do curso de publicidade e propaganda da USP, afirma que a ideia do metaverso não é algo novo. “É um termo que surge na década de 1980 da literatura cyberpunk, com o livro ‘Snow Crash’”, diz.
“Quando a internet se popularizou na década de 1990, existiam várias tecnologias que, em teoria, permitiriam o metaverso, em especial voltado para realidade virtual, criação de espaços 3D, mas não deu certo. No começo do século 21, teve o [jogo] Second Life, muitas empresas gastaram fortunas para estar nele, e era um metaverso, se vendia como. Mas não emplacou”, afirma Radfahrer.
A partir dessa ideia de imersão, diversos metaversos surgiram com os videogames. “A tecnologia só dá certo se tem uma aplicação essencial, e para o metaverso, é o jogo, pois faz sentido uma imersão em outro mundo, interagir com as pessoas. Já existe há muito tempo, uma espécie de metaverso”, afirma o professor.
Entusiastas veem no metaverso a evolução da internet. Outros enxergam nele um risco para a privacidade, e uma “droga” viciante. A implantação dessa utopia, no entanto, ainda depende do amadurecimento de algumas tecnologias, como o próprio 5G.
Porém, para gigantes de tecnologia que passaram a investir em realidade virtual e no próprio metaverso, caso do Facebook e da Microsoft, o cenário mudou, ou está prestes a mudar.
Como empresas adotam
Quando o Facebook anunciou em 2021 a meta de se tornar uma “empresa de metaverso” em até cinco anos, o termo ficou em alta, mas também gerou muitas dúvidas sobre um conceito ainda desconhecido pelo público em geral.
Empresas do setor de realidade virtual entrevistadass pelo CNN Brasil Business afirmam que, agora, a tendência é de uma expansão e melhora tecnológica que deverão tornar o metaverso mais realista, conquistar um público cada vez maior e abrir uma nova fronteira de
Mudança do nome do Facebook Inc para Meta
Isso significa que o metaverso está cada dia mais próximos das pessoas, diversos projetos e produtos já empregam isso.
No meio do burburinho ao redor do termo, o Facebook Inc. anunciou em outubro de 2021 que a organização passaria a se chamar Meta (as redes sociais continuam com o mesmo nome). No anúncio, o fundador e presidente da companhia, Mark Zuckerberg, disse que a mudança se deve ao novo posicionamento do grupo.
Em agosto de 2021, a empresa também lançou o Horizon Workrooms, uma ferramenta que dá aos usuários a possibilidade de criarem avatares e participarem de reuniões virtuais. Vale lembrar, também, que o Facebook trabalha no desenvolvimento da Diem (antiga Libra), sua própria criptomoeda – outra tecnologia necessária para o metaverso.
Não é só o Facebook que entrou de cabeça nessa nova onda. A Nvidia, por exemplo, anunciou em agosto o NVIDIA Omniverse, uma plataforma colaborativa de simulação. Nela, designers, artistas e outros profissionais podem trabalhar juntos na construção de metaversos.
Já a Microsoft colocou no mercado, no início de 2021, o Mesh, uma plataforma que permite a realização de reuniões com hologramas. Também criou avatares 3D para o Teams, sua ferramenta de comunicação.
Em novembro, em um aceno à utopia, a Nike criou a Nikeland, uma plataforma dentro do game Roblox. Já em dezembro, a multinacional americana adquiriu uma startup especializada em NFTs de moda.
Empresas brasileiras veem a expansão do metaverso com otimismo
Para as empresas de tecnologia de realidade virtual, a expansão do metaverso é algo esperado há um bom tempo. É o caso da Nexus VR. Fundada em 2013, a empresa chegou a trabalhar internamente com o conceito de metaverso em 2014 em um projeto. Entretanto, a ideia não foi para frente devido à recusa de financiamento por fundos norte-americanos.
Para Coimbra, caso o Facebook realmente consiga atingir a meta de se transformar em uma empresa de metaverso, o conceito deverá se popularizar e gerar uma corrida entre as empresas para entrar nesse ambiente. Ele estima que, no máximo, o Brasil demoraria dois anos a mais em relação aos Estados Unidos para que a tecnologia se popularizasse.
A aposta das empresas para a popularização da realidade virtual é o chamado cardboard, uma espécie de caixa de papelão em que é possível colocar um celular, que transmitirá o conteúdo de experiência de realidade virtual, com um custo bem menor.
Existe uma barreira de entrada grande por ser uma nova mídia. É algo muito diferente para quem não conhece. Como as pessoas não sabem o que é, tem medo, e não sabem o potencial.
a principal dificuldade para atingir um público maior no Brasil ainda é o preço alto dos dispositivos de realidade virtual. Naturalmente, em algum momento essa tecnologia vai estar acessível, igual o smartphone. Há um esforço de empresas de transformar o VR em algo acessível.
Esse cenário mudaria com a chegada da tecnologia 5G no Brasil. Para chegar realmente em um metaverso, sem choque com a realidade, precisa do 5G, que dá mais processamento, que ocorre fora do computador, em um servidor remoto, o que facilita, torna os gráficos mais realistas.
Pandemia e o MetaVerso
Em um contexto em que as pessoas precisam ficar mais tempo em casa, evitar aglomerações e lidar com a falta de festas, a possibilidade de poder interagir com amigos, fazer reuniões, compras e ir em eventos sem correr riscos pode se tornar mais tentadora.
Por isso, a própria pandemia fez com que mais empresas olhassem para o metaverso com atenção, algo impulsionado pelos avanços tecnológicos recentes.
A demanda por digitalização com a pandemia foi sentida pelas próprias empresas entrevistadas, que citaram uma busca maior de companhias que queriam realizar eventos empresariais de forma remota, mas mantendo um certo realismo, evitando ficar refém das telas de videochamadas que acabam sendo cansativas.
A perspectiva foi compartilhada pelas outras empresas, que esperam que a demora para a disseminação da realidade virtual e do metaverso façam com que as pessoas já tenham perdido a ânsia pelo presencial, e inclusive queiram retomar parte da vida virtual.
A expectativa para os próximos anos é de uma espécie de “oceano azul” para empresas do setor, ou seja, um ambiente com grande potencial de ganhos e com pouca competição.
Quais tecnologias estão envolvidas
Para dar vida ao Metaverso, uma variedade de tecnologias são necessárias e as principais são:
- Realidade virtual
“VR” é um acrônimo para Realidade Virtual e refere-se a um ambiente tridimensional construído usando software. Para acessar essa simulação da realidade, os usuários precisam de computadores, óculos de realidade virtual, fones de ouvido e outros equipamentos. Existem consoles e jogos que usam essa tecnologia.
- Realidade aumentada
Ao contrário da RV, que leva os usuários para um mundo virtual, a RA (realidade aumentada) faz o contrário, inserindo dados virtuais no mundo real. Vários jogos para smartphones usam essa tecnologia, como Pokémon Go. Existem também óculos AR que exibem informações sobre o ambiente nas lentes.
A aposta agora é que novos avanços tecnológicos permitirão, primeiro, um barateamento maior dos aparelhos de realidade virtual, atingindo um público maior, e a melhoria dos gráficos que eles geram, aumentando o grau de realismo.
Com isso, as pessoas seriam mais atraídas para essas novas realidades, em que seria possível criar avatares, interagir com amigos, fazer compras, reuniões, ir ao trabalho ou à escola.
No futuro tudo vai ser possível com o MetaVerso.
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