O Brasil é o sétimo país do mundo em relação á mulher empreendedora . Um relatório do Boston Consulting Group (BCG) indica que as mulheres empreendedoras podem aumentar o Produto Mundial Bruto em torno de US$ 5 trilhões, correspondendo duas vezes o Produto Interno Bruto do Brasil.
Mesmo com o fechamento de milhares de empresas devido ao isolamento social da pandemia, a mulhere empreendedora fecharsm o ano com um crescimento de 40% no empreendedorismo feminino.
A projeção da mulher no mercado de trabalho nas últimas décadas é evidente. O mesmo pode ser dito do empreendedorismo feminino quando elas mostram números maiores a cada ano. A pandemia também empurrou essa natureza feminina para empreender, muito em função delas serem sempre as principais vítimas das demissões.
De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em 2019, 9,3 milhões já eram empreendedoras, o que representava 34% dos donos de empresas. O nível de escolaridade das empreendedoras são 16% superiores aos homens e elas são mais jovens na comparação com os homens.
Importância do empreendedorismo feminino
Ter mais mulheres a frente de empreendimentos no país representa não só uma alteração na conjuntura econômica, mas também uma mudança social significativa.
Maior representatividade feminina em posições de poder, como na liderança de grandes corporações ou a frente de pequenos negócios, também contribui para essa mudança, dando visibilidade às questões de gênero, além de inspirar outras mulheres.
“A mulher quando melhora suas condições, principalmente financeira, investe mais na educação dos filhos, apoia sua comunidade, assiste seus familiares. Além disso, a mulher contrata outras mulheres que vão reagir a essa melhora da mesma forma, potencializando mais pessoas.”, comenta Ana Fontes, presidente da Rede e do Instituto Rede Mulher Empreendedora.
Apesar da evolução do empreendedorismo feminino no Brasil e no mundo, ainda sofrem com uma série de desigualdades em comparação com os homens no ambiente profissional.
A necessidade de flexibilidade de horários é uma das principais motivações para essa tomada de decisão, além da maternidade e da busca pela independência financeira. De acordo com a pesquisa, 75% das empreendedoras decidem ter um negócio após a maternidade, para ter horário flexível de trabalho e poder cuidar mais de perto do filho. A maioria é das classes B e C e 44% delas são chefes de família.
Quais são os desafios das mulheres empreendedoras?
Contudo, diversos desafios acabam tornando a experiência da mulher empreendedora algo muito mais complexo em relação ao empreendedorismo masculino. Olha só como isso tudo afeta diretamente as mulheres donas de negócios;
Preconceito e ganhos reduzidos
O machismo se manifesta de diversas formas sobre as empreendedoras. Em algumas delas, ele se manifesta como preconceito explícito. Homens do universo empresarial tratam com preconceito, subestimação e até mesmo humilhação a diversas mulheres empreendedoras. Para estas pessoas misóginas, “lugar de mulher é na cozinha” e nada mais.
Além disso, muitos donos de novos negócios eram antes empregados de outras pessoas ou empresas. Logo, acabavam dependendo diretamente da poupança de seus salários para obter o investimento inicial do novo negócio. Como as mulheres, historicamente e até hoje, recebem menos do que os homens, a oportunidade de aplicar este dinheiro também é bastante reduzida.
Dificuldade de acesso a financiamento
Ao contratar um financiamento empresarial, todo e qualquer empresário passa por um processo de análise da instituição financeira. A instituição busca saber mais sobre as circunstâncias da vida e do trabalho do ou da cliente para entender se vale a pena fornecer um financiamento, bem como as taxas de juros a serem praticadas.
O machismo estrutural é tão grande, que nas instituições financeiras a avaliação costuma ser mais rigorosa . Especialmente se elas forem solteiras e com filhos. Há a crença dos bancos de que a cliente pode sofrer com o peso da maternidade e isso pode levá-la a descuidar do negócio, aumentando o risco de calote da dívida.
Jornada múltipla
Grande parte vive uma jornada dupla ou até mesmo tripla, quando se trata de rotinas e empreendedorismo. Se mães, as mulheres já gastam 10 ou mais horas por dia cuidando de seus filhos. Se forem mães e donas do próprio negócio, já tratamos de uma jornada dupla. Há ainda mulheres que são mães, empreendedoras e que possuem negócios próprios!
Apoiar e investir no empreendedorismo feminino significa ajudar o Brasil a crescer. As mulheres representam a maioria da população e demonstram, cada vez mais, sua imensa capacidade de empreender, inovar e desenvolver grandes negócios. É necessário, entretanto, lutar contra as estruturas de machismo e misoginia que ajudam a manter o mercado como ele tem sido há séculos. Você pode fazer parte disto.
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