Entenda como o conflito Rússia x Ucrânia afeta a economia brasileira

Conflito Rússia x Ucrânia afeta a economia brasileira, entenda sobre

O conflito militar entre Rússia e Ucrânia está provocando um temor geral mundo, com os efeitos das sanções aplicadas contra os russos e a sua possível retaliação contra o ocidente.

O conflito deve produzir impactos na economia brasileira com um aumento maior ainda nas taxas de inflação, puxadas pelas possíveis altas dos combustíveis (que promove um efeito cascata na precificação de todos os produtos na economia) e alimentos.

Ocidente e Rússia se chocam na Ucrânia - Paulo Filho

Isso se dá, porque os russos são um dos principais parceiros comerciais dos brasileiros, sendo o 6º país que mais exporta para cá. O que faz com que as sanções promovam um aumento generalizado dos preços.

Para simplificar, listamos as principais consequências que a guerra está trazendo e poderá trazer cada vez mais. Veja mais abaixo!

Quais as consequências do conflito?

21º dia conflito Rússia x Ucrânia - Pátria Digital

1. Inflação

Com a inflação alta, o Banco Central deve manter a política de aumento da taxa de juros para controlar a inflação.

Anteriormente, a expectativa do BC era promover mais um aumento na Selic, na casa dos 12% ao ano, e com a queda da inflação prevista no segundo semestre, iniciar um movimento de arrefecimento nos juros. Entretanto, as consequências da guerra devem adiar os planos originais do Bacen.

Na madrugada do dia 24/02, o presidente russo Vladimir Putin ordenou uma invasão total da Ucrânia por terra, ar e mar, dando início ao maior conflito armado na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Na manhã seguinte os mercados acionários globais amanheceram em território de baixa, e até mesmo o bitcoin caiu para seu menor nível em um mês, a US$ 34.324, refletindo o movimento de venda de ativos mais arriscados.

2. Aumento dos preços dos alimentos

Guerra entre Ucrânia e Rússia deve elevar preço de alimentos

Os principais produtos comercializados entre os países são aqueles relacionados com o agronegócio, principalmente trigo, milho e os fertilizantes. Com o comércio entre eles afetado, a tendência é um aumento nos preços das commodities agrícolas.

3. Dólar

Dólar sobe a R$ 5,503, em meio à tensão Rússia x Ucrânia; Bolsa cai

Outra consequência do conflito é a cotação do dólar. A moeda norte-americana estava enfrentando uma onda de desvalorização desde o início de 2022, mas com o início do conflito entre russos e ucranianos já provocou uma inversão no gráfico.

Quando a guerra começou, o dólar estava cotado a R$ 5,01 e chegou até R$ 5,16, uma valorização de 2,90% em apenas dois dias. Apesar disso, a moeda americana voltou a cair e hoje está na casa dos R$ 5,06, mas ainda maior do que antes do conflito.

4. Aumento do valor do petróleo e gás natural

Outro fator que está influenciando o debate econômico no país é a questão dos combustíveis, sobretudo petróleo e gás natural.

A Rússia é a maior fornecedora de gás natural para a Europa – o país é responsável por cerca de 35% da oferta ao continente. Por isso, o início de um conflito, bem como a imposição de sanções a Moscou, terá efeitos negativos sobre o setor energético da zona do euro.

O continente europeu é bastante dependente das commodities energéticas dos russos. Segundo especialistas da área de petróleo, quase metade do petróleo e gás usados na Europa tem origem russa.

Com a aliança entre a Rússia e a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), a tendência é a manutenção atual da produção de petróleo. Assim, os preços devem escalonar ainda mais como consequência das sanções contra a Rússia.

No dia 08/02, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou o fechamento dos portos americanos para importação do petróleo russo. Além disso, o governo britânico informou a eliminação as importações de petróleo e seus derivados até o final de 2022.

Estes fatos devem impulsionar ainda mais o preço do barril de petróleo tipo Brent, referência global para negociações do ouro negro. O barril do tipo Brent aumentou 6,84% e fechou, ontem, a US$ 131,64 em termos nominais, o maior valor desde 2008.

Apesar de não depender do fornecimento russo, o Brasil também fica suscetível à redução da oferta de gás natural.
Após pressão dos EUA, Bolsonaro nega ter 'tomado partido' no conflito entre  Rússia e Ucrânia - Jornal Correio
Pedro Brites, professor da escola de relações internacionais da FGV (Fundação Getulio Vargas), explica que a maior parte dos fertilizantes importados pelo Brasil vem da Rússia. Esses produtos são produzidos a partir de gás natural – especialmente os nitrogenados, fosfatados e o cloreto de potássio.

Russia e Ucrânia

 

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