Conheça o que é a taxa de juros e o motivo de seu aumento
Juros nada mais é do que o valor do dinheiro no tempo, onde quando se adquire um empréstimo é necessário pagar um valor a mais por aquele “favor”.
Com isso, as instituições financeiras, bancos, entre outros fazem esse “favor” para quem precisa, conseguindo assim receber uma quantia a mais pelo empréstimo, sendo essa quantia o juros.
Resumindo, quem precisa de um empréstimo vai até quem pode emprestar e assim, quando ele for devolver o dinheiro terá que embolsar um valor a mais.
E é assim que surge a taxa de juros, que é calculada em percentual.
Existem dois tipos de taxas de juros
O juro simples
Essa taxa é cobrada sobre o valor emprestado.
Nele não há uma aplicação sobre o acumulo dos juros no empréstimo, o valor inicial sempre será o mesmo, somente o juros comum, que foi concordado será pago.
O juro composto
Já no caso do juro composto é totalmente o contrário do simples, ou seja, é acrescentado uma outra taxa de juros em cima do juros já cobrado, isso ao longo do tempo, sendo assim quanto mais tempo demorar pagar devolver o dinheiro, além dos juros concordados na hora do empréstimo, ainda tem a adição de mais um valor por causa do tempo.
Os juros compostos são os juros sobre juros. Diferente dos juros simples, os juros compostos não levam em conta apenas o valor inicial, mas sim o valor inicial e também os juros incidentes ao longo dos períodos.
Assim, para cada período do contrato (seja diário, mensal ou anual), existe um “novo capital” para que a taxa de juros seja calculada.
Taxa de juros e taxa Selic são a mesma coisa?
No Brasil, a taxa mais famosa é a Selic. Isso porque é a taxa básica para a economia brasileira.
De forma simplificada, o valor Selic representa os juros pagos pelo governo às instituições financeiras que adquirem títulos públicos do Tesouro. Isso significa que a Selic acaba afetando todas as demais taxas de juros, como empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.
Mas, na verdade, a Selic é a principal ferramenta de política monetária utilizada pelo banco central para controlar a inflação no país.
Quando o banco central quer reduzir a inflação, ele aumenta a taxa Selic porque aumenta o “custo” da moeda. Como resultado, empréstimos, financiamentos e gastos tornaram-se mais caros. Reduzir o consumo força a inflação para baixo.
Relação da Selic com CDI, inflação e câmbio
À medida que a Selic sobe e desce, os investidores precisam entender como a taxa básica do país se relaciona com outros indicadores. Isso é crucial para definir onde investir mês a mês.
• Selic e CDI: A taxa Selic e o CDI estão diretamente relacionados, e os números são muito próximos. As instituições financeiras cotidianas emprestam dinheiro umas às outras para evitar dinheiro negativo. Entre eles está uma taxa de juros: CDI (abreviação de Certificado de Depósito Interbancário). Portanto, CDI é a taxa de juros cobrada por um banco para emprestar dinheiro a outro banco. Essas operações muitas vezes podem ser lastreadas em títulos públicos, que por sua vez são atrelados à taxa Selic. Então existe uma correlação entre Selic e CDI, o segundo é sempre um pouco menor que o primeiro.
·Selic e inflação: Quando a meta de inflação corre o risco de ser ultrapassada, o banco central utiliza a alta da taxa de juros como estratégia para tentar conter a meta de inflação elevada. Há menos pressão de alta sobre os preços no país, já que uma Selic mais alta representa uma restrição ao consumo.
Mas, por outro lado, quando a inflação está sob controle e o governo quer estimular a economia, pode baixar a taxa Selic. Taxas de juros mais baixas estimulam o crédito e o consumo, o que, por sua vez, estimula a economia.
Portanto, a Selic é uma forma de o governo administrar a inflação no país. Com a Selic alta, há menos crédito no mercado, menos dinheiro em circulação e menos demanda por produtos e serviços.
· Selic e a taxa de câmbio: Quando a taxa de câmbio Selic está alta, muitos investidores e especuladores estrangeiros investem no Brasil para aproveitar as altas taxas de juros. Dessa forma, mais dólares circulam na economia brasileira, o que pode dar força ao real.
Portanto, quando os juros sobem, o real tende a se valorizar frente ao dólar, reduzindo o custo das importações.
Qual é a taxa de juros real
Agora que você entende juros simples, juros compostos, taxas Selic e inflação, é hora de aprender sobre juros reais.
As taxas de juros reais nada mais são do que taxas de juros nominais descontadas pela inflação. Ou seja, é a lucratividade real para um determinado valor.
Então nós temos: taxa de interesse nominal São informações divulgadas pelas instituições financeiras sem levar em conta os efeitos da inflação ao realizar investimentos ou assumir dívidas.
Taxa de juro real já é uma taxa de juros nominal descontando a inflação.
As taxas reais são calculadas usando fórmulas. As taxas de juros nominais e a inflação são consideradas variáveis. A fórmula é a seguinte:
(1 + in) = (1 + r) * (1 + j)
Temos então:
in = taxa de juros nominal
r = taxa de juros real
j = inflação do período
Taxa Nominal
Por fim, podemos entender também que a taxa nominal é igual a taxa real mais a inflação.
·Taxa nominal= taxa real + inflação.
Depois de entender o que é e como funciona a taxa de juros, podemos ver os motivos do seu aumento.
Como a função da taxa de juros é moderar a inflação: quando os preços estão subindo muito, o Copom aumenta os juros, o que encarece o crédito, desestimula o consumo e, por consequência, ajuda os preços a voltarem a baixar, o principal motivo do seu aumento é a inflação.
Considerando a série de reajustes em reuniões consecutivas, em nenhum outro ciclo de alta desde 2003 a taxa foi elevada em mais de 4 pontos.
Entre 2013 e 2014, quando a inflação foi de 6%, o ganho total pelas nove sessões consecutivas do ano foi de 3,75 pontos percentuais (de 7,25% para 11% da Selic).
O mesmo aconteceu entre 2004 e 2005: com pontuação de 3,75 em 9 encontros – de 16% para 19,75% – a inflação subiu para 8%.
Em outubro de 2021, o indicador oficial de inflação do país, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), atingiu 9,7% em um período de 12 meses.
Segundo Fernando Nakagawa, diretor da CNN Brasil Business, há duas razões pelas quais as taxas começam a subir em ritmo mais acelerado: inflação alta atual e futura; e piora das condições das contas públicas à medida que os tetos de gastos são quebrados.
Gostou do post? Visite o blog da Help Technology e leia mais assuntos como este.
Para mais infos:
E-mail: ana.paula@helptechnology.com.br
Whatsapp: Ana Paula Mota
Telefone: (11) 4746 8556 (São Paulo)
Telefone: 0800 591 5517 (demais localidades)