Entenda o motivo da variação da moeda mais importante da economia mundial
Você já deve ter ouvido falar sobre a variação do dólar, como ele pode subir ou descer várias vezes, mas você sabe o motivo para que isso aconteça?
Todos os dias a toda hora do dia é possível acompanhar a oscilação do dólar, nos últimos anos, a cotação do dólar está entre os assuntos mais discutidos do mercado, pois seu valor atingiu níveis extraordinários. Enquanto o pregão eletrônico (formato de negociação) da bolsa de valores estiver funcionando, o mercado financeiro se atualiza o preço da moeda americana pode subir ou cair.
A variação do dólar pode interfere em muitos quesitos, como compras internacionais e nacionais, transferência para o exterior, investimento na bolsa de valores, entre outros.
Por isso, estar atento as variações da moeda é essencial e para isso é preciso entender a volatilidade do câmbio.
Influência do dólar
Os Estados Unidos são conhecidos como a potência mundial, principalmente na economia, por isso o dólar americano é uma moeda relevante e utilizada com referência para a maioria das operações em todo o mundo e sua importância se dá por diversos motivos.
Mas porque o dólar se tornou a moeda mais importante na economia? Bom, como tudo se começa pela história, com esse assunto não seria diferente.
Tudo começou com a Primeira Guerra Mundial (1914 à 1918), onde os Estados Unidos ainda não era uma potência mundial, nessa época a Inglaterra ainda era a grande potência, e a moeda padrão era a Libra Esterlina, só que com a guerra o país sofreu graves consequências, assim como todo o continente, e com isso sua economia despencou, e essa queda causou muitos desequilíbrios na economia mundial.
Foi nesse momento que os Estados Unidos começaram a ter mais atividades no comércio internacional, sendo conhecidos por serem confiáveis, e pelo dólar ser uma moeda estável.
A economia Mundial passou por um período difícil até a Segunda Guerra Mundial, onde os países começaram a cogitar ter outra estratégia, onde teria uma taxa de câmbio fixa que deveria ser baseada em outra moeda forte, na qual se tornaria a padrão.
Como nessa época os Estados Unidos já estavam consolidados como a principal potência econômica, afinal até mesmo a reestruturação do Japão foi financiado por eles, os países então adotaram o dólar como a moeda padrão.
Com o dólar sendo a moeda padrão, sua importância é de grande valia, afinal os países precisam sempre rever suas políticas para que não se prejudiquem economicamente ao tomarem alguma decisão, pois dependem da moeda para os negócios serem movimentados.
Tipos de dólar
Para entender os motivos da variação da moeda é preciso saber quais são os tipos de dólar que existem e como diferenciá-los.
Ao todo existem 3 tipos: Dólar comercial, dólar turismo e o dólar paralelo .
Dólar Comercial
É conhecido como a “cotação real”, utilizado para transações e operações comerciais, como exportações e importações, empréstimo de brasileiros, compra e venda de mercadoria, entre outros.
Todas as operações devem ser registradas no Bando Central.
Dólar Turismo
É aquele comprado em casas de câmbio, utilizado para viagens no exterior, compras internacionais pela internet, como passagens e eletrônicos.
Como ele possui aplicação de juros é mais caro que outras alternativas. Além disso ele também sofre incidência de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e custos logísticos, que se dão pela manutenção de segurança da moenda em cofres, transporte dos dólares até a casa de câmbio e assim por diante.
Dólar Paralelo
Atualmente ainda é considerado ilegal, é a única modalidade não oficial, ele é realizado apenas por doleiros e casas de câmbio, mas não possuem autorização do Banco Central, sendo assim é o mais caro e deve ser evitado.
Sabendo como o dólar virou a moeda padrão e quais são seus tipos, agora podemos saber, qual o motivo da moeda estar sempre subindo e descendo.
O que gera a variação do dólar?
A oscilação das moedas sempre vai depender da taxa de câmbio, e o que é a taxa de câmbio? É nada mais do que o valor de uma moeda relacionada a outra. Ela é formada pela relação entre as economias dos países, onde a moeda varia de acordo com a lei da oferta e da demanda. Todos os dias o Banco Central divulga esse indicador.
De forma geral existem 5 acontecimentos que são os mais relevantes para a moeda subir e descer, são eles:
1. Gastos no exterior
Quando turistas estrangeiros trocam dólar por real, há um aumento na quantidade da primeira moeda no país. Quanto maior for o fluxo de turistas no Brasil, maior será a desvalorização do dólar em relação ao real.
O contrário também aumenta o valor do dólar, ou seja, quando há muitos turistas brasileiros que vão para o exterior e compram dólar.
2. Balança comercial
O déficit comercial é algo que faz muito o dolar aumentar, isso acontece quando o Brasil importa mais bens do que exporta. Em síntese é aplicada a lei de oferta e demanda, com isso as pessoas que têm dólar passarão a vendê-lo mais caro.
Na ocasião contrária é chamada de superávit comercial (Brasil exporta mais que importa). As organizações estrangeiras pagam às localidades em dólar, o que eleva a entrada da moeda no país e reduz seu valor.
Se as exportações aumentam, as indústrias brasileiras recebem na moeda americana e a demanda diminui. Por outro lado, na importação ocorre o contrário, porque os fornecedores recebem em dólar. Assim, o saldo da balança comercial impacta a variação do dólar.
3. Câmbio flutuante
Como você já sabe, a taxa de câmbio não é definida pelo Governo. Ela varia conforme o movimento do mercado, com a lei da oferta e da demanda, além da procura de dólares no Brasil.
Porém, o Banco Central costuma intervir quando o valor da moeda atinge alta e baixa volatilidade durante o pregão.
As oscilações do dólar ocorrem devido à entrada e saída de fluxos dessa moeda na economia. No Brasil, nossa taxa de câmbio varia segundo o mercado.
4. Taxas de juros
Cada país tem uma taxa de juros diferente e isso interfere na variação do dólar.
Quando o governo aumenta a taxa básica de juros (Selic), os investidores estrangeiros se interessam mais pelo potencial de rendimento, por isso há uma tendência que o dólar aumente.
Já no caso contrário quando a taxa do Selic está mais baixa, cria-se um incentivo para a abertura de negócios brasileiros, já que os empréstimos estarão mais baratos.
5. Crises financeiras
Mesmo sendo internas ou externas as crises financeiras afetam a todos e causa a variação do dólar, isso porque os investidores não terão que colocar suas economias em risco e com isso tendem a:
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Retirar suas aplicações;
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Vender suas ações;
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Converter em dólar;
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Realocar as aplicações em produtos menos voláteis, como o dólar e ouro.
Como os Estados Unidos são uma das economias mais fortes e importantes do mundo, o que ocorre no país impacta diretamente na cotação do dólar.
Por isso, questões político-econômicas de cunho internacional, como o conflito comerciais entre china e EUA, afetam a vontade dos investidores.
Como a relação de interdependência entre as economias é cada vez maior, existe a preocupação sobre os efeitos que as incertezas e expectativas negativas diante de tais eventos podem causar na economia mundial.
A maior frequência desses eventos faz com que investidores recorram a investimentos comumente mais tradicionais e interpretados como mais seguros. Logo, esse movimento leva a uma depreciação das moedas de países emergentes, como a nossa.
Crises como a pandemia de COVID-19 trouxeram sérias consequências para a economia mundial. Nenhum país saiu ileso, já que os sistemas de saúde ficaram sobrecarregados e o distanciamento social foi necessário para frear o avanço da doença.
As crises financeiras, sanitárias e políticas impactam o retorno dos investimentos.
Efeitos do aumento do dólar
Está claro como a variação do dólar interfere muito no dia a dia dos brasileiros. Além disso, vários fatores fazem a moeda subir e cair e entendê-los é uma maneira de aproveitar as oportunidades existentes. Assim, é possível fazer boas aplicações financeiras e saber o melhor momento para realizar operações internacionais
Do mesmo modo, quando a cotação do dólar favorece a exportação, o preço interno é afetado pela escassez de produtos no nosso mercado interno. E com isso vem os impactos da variação.
Balança comercial
As baixas taxas de câmbio afetam as exportações de produtos e insumos domésticos. Importações de alta interferência. Indiretamente, a valorização e desvalorização do dólar também afeta o emprego e os salários em diferentes setores. A indústria brasileira ganha mais quando o dólar se valoriza. Eles são produzidos em reais, mas vendidos em dólares. Portanto, aumentam sua renda.
Exportações
Alguns exemplos de empresas incluídas nesse contexto são as exportadoras de soja, carne, laranja, celulose e papel. Geralmente são exportados para atender a demanda externa. Um dólar mais forte também é bom para o turismo doméstico. Por outro lado, prejudica as exportações e cria enormes dificuldades para os bolsos do Brasil, assim como o combustível. Por esses motivos, ficar de olho no dólar diariamente é fundamental para encontrar os melhores momentos para comprar, vender e até mesmo investir.
Aumento do custo de vida
Outra consequência importante que deve ser mencionada é o aumento do custo de vida. O dólar americano é uma moeda de importância mundial, influenciando os preços de muitos produtos e serviços. Com isso, o consumidor sentirá esse aumento em sua pele sempre que seu valor subir. Afinal, não só as cestas básicas são mais caras, mas também os eletrodomésticos e outros produtos do nosso dia a dia.
Fomento ao turismo no Brasil
Promovendo o turismo no Brasil, o dólar em alta nem sempre significa uma perda. No que se refere ao turismo, é fácil observar que a desvalorização do real frente ao dólar fez com que mais estrangeiros visitassem o Brasil. Não há dúvida de que este é um efeito positivo que aquece de alguma forma a nossa economia. No entanto, o efeito é mais forte nas capitais e cidades turísticas.
O dólar vai continuar subindo?
Dado tudo o que foi discutido, qual é a previsão para o dólar? Ela vai continuar a subir? Em suma, podemos dizer que há uma tendência de alta, mas isso não significa que esse crescimento se mantenha constante. Espera-se que as taxas de câmbio continuem a crescer dadas as circunstâncias globais e nacionais. No entanto, a volatilidade fará parte do dia a dia do investidor, exigindo mais atenção e estratégia na hora de construir seu portfólio. Em outras palavras, a valorização e desvalorização da moeda ainda ocorrem com frequência porque essas mudanças do dia a dia são comuns. No entanto, a longo prazo, o dólar deverá continuar a subir.
De forma geral, a alta da moeda torna os produtos brasileiros mais competitivos no exterior. Mas as empresas que importam bens acabarão tendo que aumentar os preços de seus bens.
O valor do câmbio sofre variação várias vezes ao dia. Para acompanhar, é preciso acessar sites especializados em economia ou a página do Banco Central.
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